Quarto 2806: a acusação (de Dominique Strauss-Kahn)
Dominique Strauss-Kahn |
Agora, a Netflix recupera a história, pela voz dos seus protagonistas, à exceção de Dominique Strauss-Kahn, que não quis contar a sua versão dos acontecimentos.
'Quarto 2806: a acusação' revela-nos pormenores e contextos importantes do alegado abuso sexual cometido pelo então Presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), quando os mercados financeiros e as economias mundiais estavam ainda a recuperar da crise duríssima do Subprime.
O caso, que viria a ser arquivado, é perturbador, tal como perturbadoras são as acusações da empregada do hotel Sofitel, em Nova Iorque, Nafissatou Diallo.
Viria depois a despoletar outros contornos negros em França com Strauss-Kanh novamente a ser implicado num outro caso de prostituição no norte do país.
Vale a pena ver o documentário, sobretudo pelas forças de poderes opostos que, já sabemos, estão em causa. O poder financeiro, político e social versus a pobreza e as camadas mais baixas da população.
Muito bem realizado, com testemunhos de advogados dos dois lados da história, de procuradores, da Polícia de Nova Iorque, de jornalistas e ativistas pelos direitos humanos.
Apesar de nunca sabermos o que aconteceu naquela fatídica noite de 14 de maio de 2011 na suite presidencial do Sofitel, a verdade é que o episódio manchou a imagem de um dos homens mais poderosos do mundo e acarinhado por uma França que desejava e esperava que chegasse à Presidência do país.
Mas a sua alegada sede por mulheres e a forma como, alegadamente, as tratou, levaram à sua queda: política, mediática e internacional.
Uma sugestão do Platonismo, para verem na Netflix, numa minissérie de 4 episódios.
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