Uma cama nas ruas de Lisboa. Uma esperança que persiste!

Foto: Ana Clara. 
Dezembro. 2020. Lisboa. A cama está feita imaculadamente. Enquanto há luz do dia procura-se comida para sobreviver a mais um dia. Está frio. O de dezembro, que gela o rosto, as mãos e o corpo. A noite não tarda a chegar e é preciso não perder o lugar. 

Deixo uma sandes de queijo, um pastel de nata e um pacote de leite escondidos debaixo do cobertor. 

Amanhã haverá amanhecer. E a pobreza continua cá, parece distante e está tão próxima de nós.

Que saibamos todos encarar o futuro com mais serenidade. Eles, que vivem na rua, têm uma vida pior que a nossa e o grito deles abafa-nos. Mais do que nós queremos. 

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