Portugal, um país com visão (política) pequenina

Foto: Presidência da República.

A visão de um País é também aquilo que os seus responsáveis fazem dele. Porque eles são os nossos representantes. Porque eles são a cara que decidimos mandatar para nos honrar. Esperamos sempre que o façam com elevação, sentido de Estado e não apenas em carneirada.

A questão do Mundial de Futebol e do circo que os nossos políticos, primeiro-ministro e presidente, montaram em torno dele, fazem lembrar aquelas birras de crianças de querem um chupa chupa e ouvirem um não.
Pergunto eu, do fundo da minha compreensão limitada, se faz algum sentido, tendo em conta a natureza deste Mundial, tantos políticos irem ao Catar. Olho para o gesto como uma mesquinhez, como algo que é pequeno demais para a dimensão que já devíamos ter.

Não digo que, caso Portugal chegasse a uma final, ou até numa semi-final, que um deles, alternado, não fosse lá. Mas no início da competição? É aquela velha história que coloca todos no saco ridículo do festim de parolos.

O Catar não é de facto um país qualquer. E, em política não é de facto só necessário parecer, é preciso ser. Sendo que um gesto vale mais do que mil palavras, estes bicos de pés ao nível de circo tuga, apenas e só revelam que temos ainda muito que andar em matéria de maturidade política. 

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