9 de Novembro de 1989: há 35 anos caía um muro e há uma música que ajudou a derrubá-lo

Foi a 9 de Novembro de 1989. Foi a queda de um muro. Foi a reunificação de duas Alemanhas. Nesta história, houve um hino que chamou a revolução. Que preferiu a paz ao sangue. Que cantou e chamou os povos. Faz hoje 35 anos. O mesmo tempo em que perdura um Wind of Change universal. Ironicamente, num mundo que em 2024 está povoado de sangue, de guerras e de desumanidade. 



Mikhail Gorbachev foi também um dos protagonistas desse tempo no final dos anos 80. Sobre ele, Klaus Meine, vocalista da (para mim) icónica banda alemã, sempre soube o que o dirigente soviético fez: "sem ele, a reunificação e, especialmente, o 9 de novembro não teriam ocorrido tão pacificamente. Não teria sido essa revolução pacífica que foi, sem que nenhum tiro tivesse sido disparado, sem que ninguém tivesse sido assassinado. Se os tanques não saíram no dia 9 de novembro é por causa de Gorbachev, é a ele que temos que agradecer".


A necessidade de mudança já tinha sido percebida pela cúpula do Partido Comunista, em Moscovo. Em 1985, Gorbachev tenta aplicar mudanças no regime, acabando com a centralização económica do Estado e flexibilizando algumas políticas de modo a permitir mais transparência e liberdade.

"Wind of Change" transformou-se numa fonte de inspiração para milhões de pessoas que, durante meses, se manifestaram em várias cidades da Alemanha Oriental.


No dia 9 de novembro de 1989, o mundo assistia à queda do muro de Berlim.

Este foi o marco que acabou por precipitar o fim da Guerra Fria e da União Soviética.

Em outubro de 2020, os Scorpions lançaram uma edição especial sobre os 30 anos de um hino revolucionário e pacifista. Essa edição já mora nesta casa há 4 anos. E aqui hoje lembramos a História e tantas estórias que, hoje, em 2024, ainda fazem, lamentavelmente, sentido.









Comentários