Carlos Pinto Coelho: o maior de todos nós!



Hoje quero relembrar, nesta antena, um Homem que também faz parte da história de Abrantes. Um homem que marcou o meu caminho mas que, acima de tudo, marcou o País. Falo-vos de Carlos Pinto Coelho, jornalista, e que se fosse vivo, completaria 81 anos no próximo dia 18 de abril. O Carlos foi meu professor na ESTA - Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, há qualquer coisa como, 25 anos. Falar do Carlos é sempre, para mim, um exercício penoso, pela relação académica, mas acima de tudo, pessoal e de amizade, que criámos até ao fim. 

Num momento crítico, em que a comunicação social portuguesa atravessa uma das mais graves crises da sua História, quero lembrar o Carlos (Pinto Coelho) pelo compromisso que teve para com a profissão, pela ética que sempre sustentou a sua missão e pela forma exímia com que formou milhares de jornalistas. O jornalismo não mudou, é o mesmo hoje, como há 50 anos. Mas o mundo mudou e com ele, é normal que mude a forma como hoje se fazem notícias. O problema é quando nos desviamos das regras básicas, da fortaleza moral e ética de onde nunca devemos descarrilar. É, por isso, que esta crónica é uma ode ao Carlos, para não deixar morrer a sua memória nem o seu legado, que marcou tantos de nós. 

Não há tempo em rádio que chegue para falar do Carlos, mas deixo apenas o exemplo mais mediático que nos deixou: a proeza de, na televisão pública, ter conseguido produzir o primeiro telejornal cultural diário que Portugal teve. Falo do velhinho ‘Acontece’. Emitido de 1994 a 2003, foi um dos exemplos maiores do pensamento e da visão de Carlos Pinto Coelho, que partiu cedo demais, que tanto ainda tinha para nos dar. Onde quer que estejas Carlos, nunca serás esquecido, e serás sempre o maior de todos nós!

*Podcast na Antena Livre, esta segunda-feira, 7 de abril. OUVIR

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