Melgaço: do alto de Portugal, terra de fronteira e do Alvarinho
É o município mais a Norte de Portugal. Rico em património, história e paisagem, é terra de fronteira, mas também a capital do vinho verde Alvarinho.
Com 238,25 km² de área e 7.773 habitantes (2021), subdividido em 13 freguesias, o município é limitado a norte e leste pela região da Galiza, confronta com o Rio Minho e está inserido numa importante região montanhosa, cujos valores patrimoniais e ambientais são referência reconhecida internacionalmente (Reserva da Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés).
Região tipicamente minhota, Melgaço orgulha-se do seu património histórico, cultural e arquitetónico, inserido no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A fronteira com a Galiza é feita por uma ponte romana, que era também cruzada pelos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Os caminhos que atravessam os dois países tornaram-se passagens “naturais” de contrabando nas décadas de 1960 e 70. O ‘Espaço Memória e Fronteira’ conta essa parte da história local, em que muitos habitantes viveram na clandestinidade. Os testemunhos reais documentados transportam o visitante para a época em que se ia “a salto” para o estrangeiro.
Na zona histórica de Melgaço, fica o Museu de Cinema de Melgaço Jean-Loup Passek, que dirigiu o departamento cinematográfico do Centro Georges Pompidou, em Paris, e foi diretor do Festival de Cinema de La Rochelle. A sua paixão pelo cinema e pela vila de Melgaço permite agora desfrutar de uma original coleção, que demorou cerca de cinco décadas a compilar.
Alvarinho, gastronomia e a Peneda
É aqui que se produzem os famosos vinhos verdes, e além de inúmeras quintas, destacamos o Solar do Alvarinho, transformado em casa mãe da Rota do Vinho Alvarinho, e onde se pode experimentar as diversas variedades deste vinho único produzido na sub-região de Melgaço e Monção.
Uma das cinco portas de entrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês pertence ao concelho de Melgaço: a Porta das Lamas de Mouro. É um centro interpretativo dedicado ao ordenamento do território, onde se encontra informação sobre o Parque, nomeadamente sobre os percursos pedestres, uma área de produtos locais e uma zona de lazer com parque de merendas e parque de campismo.
Castro Laboreiro: a aldeia pitoresca do concelho
A aldeia de Castro Laboreiro, a maior e mais antiga do concelho, está já na área do Parque Nacional. Fundada antes da Idade do Ferro, era uma aldeia inverneira, onde os pastores guardavam os animais nas estações mais frias. O nome é mais conhecido pela raça autóctone de cães, uma escolha de eleição para guardar os rebanhos e os defender dos lobos em tempos idos.
Entre o rio e a serra, a gastronomia de Melgaço combina sabores distintos, os do rio Minho, os do pastoreio. As pesqueiras do Rio Minho são um método antigo de pescar sável e lampreia, uma das principais atividades locais. O arroz de lampreia é uma das especialidades, assim como as trutas do Rio Minho. De referir igualmente os pratos de cabrito e o pernil assado ao Alvarinho, em que a carne de porco é marinada com vinho verde da região. A destacar ainda o fumeiro e os queijos de cabra, do gado e rebanhos criados nos prados de Melgaço e na Serra da Peneda. Para acompanhar as refeições, o vinho verde é, sem dúvida, rei.
Por tudo isto e muito mais, Melgaço merece uma visita! É um dos concelhos mais bonitos do País!
BI
População: 7773 habitantes
Área: 238.00 km2
Presidente: Manuel Batista Calçada Pombal
Número de freguesias: 13
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