António Vitorino disse não, Santos Silva pondera e um PS (cada vez mais) encurralado
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Crédito da Foto: Facebook Augusto Santos Silva |
“Uma breve nota pessoal sobre as próximas eleições presidenciais:
1. Penso - e assim o tenho dito, sempre que interrogado
sobre o assunto - que as três candidaturas até agora formalmente apresentadas
não esgotam nem o espaço político nem as propostas e perfis que devem estar
representados nas eleições presidenciais do próximo mês de janeiro.
2. Por isso e pelas suas qualidades políticas, seria, a meu
ver, bem-vinda uma candidatura de António Vitorino. Ontem, porém, ele declinou
fazê-lo, decisão que lamento muito, mas naturalmente respeito.
3. Este facto obriga-me a uma nova reflexão sobre o quadro
de candidaturas presidenciais possíveis, incluindo a eventual apresentação da
minha própria.
4. Nos próximos dias consultarei a este respeito pessoas
cuja opinião muito prezo.
5. Se tudo correr normalmente, e considerando os meus próprios afazeres profissionais, tenciono comunicar publicamente a decisão que tomar na próxima quarta-feira, 2 de julho”.
Fim de citação, Augusto Santos Silva, na sua página pessoal de Facebook. 27.06.25
Após a confirmação de António Vitorino, de que não irá a jogo nas presidenciais de janeiro de 2026 (talvez a última esperança do PS de ter um peso-pesado), Augusto Santos Silva (putativo presidenciável nos media), mas que também nunca escondeu a vontade, vem agora confirmar que vai ponderar, perante este cenário.
Se por um lado, o PS tinha ainda a esperança de Vitorino ir ao combate, também não terá grandes alternativas, caso Santos Silva decida avançar. Para este PS, a escolha será simples e facilitada, e resolve-lhe o problema com que está confrontado: ter de apoiar António José Seguro (coisa que desde sempre, este PS nunca quis).
Já aqui o dissemos: Seguro é um candidato de esquerda, de uma esquerda que representa (e bem) o espaço socialista. Mas a liberdade de escolha é soberana e o Largo do Rato e aqueles que por ora por lá lideram têm todo o direito de escolher quem querem apoiar. Mas se Santos Silva não avançar (e isso parece cada vez menos improvável), continua encurralado, porque a escolha coerente será apenas uma: Seguro.
Resta ainda saber, no jogo da liderança onde está José Luís Carneiro, o que fará o futuro líder do PS na influência decisiva que terá nesta matéria. Até lá, contam-se espingardas e eventuais tiros ao alvo para futuro.
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