Pedrógão Grande: oito anos depois, não esquecemos!

Passam amanhã, 17 de junho, oito anos sobre os fatais incêndios de Pedrógão Grande. Corria 2017. Um ano dramático, que ainda hoje nos pesa e que dificilmente esqueceremos todos, enquanto sociedade e portugueses. 

Foto: Miguel A. Lopes

Hoje, nesta antena, quero lembrar as vítimas, mas também os seus familiares e estas populações que não deviam ter passado por este horror. O tempo pode passar, mas há feridas ainda abertas e que, para quem fica, para os sobreviventes, jamais irá sarar. 

Neste ano de 2017, de má memória, evocamos, pois, a culpa, o facto de, enquanto País, termos sido todos cúmplices de um desordenamento que persiste ainda hoje. Basta percorrer Portugal de norte a sul e contemplar a paisagem! 

Nas linhas que outros um dia contarão, haverá vergonha, arrependimento que não mata, haverá um mar de angústias que, noutra vida, serão cobradas. 

Em Pedrógão Grande estão os lugares, os sujeitos e os predicados, de um acontecimento que estará eternamente por desconstruir. É, pois, para eles que vai esta crónica e a minha eterna gratidão pela dor que terão de carregar uma vida inteira! 

Uma última nota para parabenizar Abrantes que este sábado celebrou 109 anos de elevação a cidade. Para mim, que serei sempre filha desta cidade absolutamente encantadora, é extraordinário ver como, em 2025, há um povo que se une em torno das suas raízes e da sua identidade. Há 21 anos que a deixei para rumar a outros sonhos, mas a ela sempre regressarei para me confortar no seu colo insubstituível! Parabéns ao município que, em 2025, ofereceu a todos os abrantinos, e não só, umas Festas da Cidade absolutamente inesquecíveis! Uma cidade viva, mas que, mais de duas décadas depois, continua durante o resto do ano a precisar de mais iniciativas e gente que a faça mover! Continuo a acreditar que o caminho faz-se, caminhando. Parabéns a todos!

Podcast/Opinião Antena Livre de 16 de junho. OUVIR.

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