Uma queda e um acordo no dia em que também se celebrou Cunhal.




A 10 de novembro de 2015, se fosse vivo, Álvaro Cunhal faria 102 anos. Neste dia não pude escrever sobre isto, por falta de tempo. Curiosamente, a ironia da vida, da morte e da política, fez deste 10 de novembro um dia histórico para o país, para a política e para a democracia. O historiador e investigador do Instituto de História Contemporânea, João Madeira, disse-me um dia numa entrevista (em 2008, se a memória não me falha) que «Cunhal ainda perdura no partido em termos ideológicos». O líder histórico do PCP que marcou decisivamente o Comunismo português no século XX deixou marcas fortíssimas num partido que em 2015, genuína ou mascaradamente – não o sei – fez história também nas relações com a esquerda e em particular com o PS. E se há coisa que eu acho que fez tremer a voz de Jerónimo naquele dia foi precisamente essa data marcante para o partido. Será que o grande líder, onde quer que esteja, abençoaria o acordo? Nós por cá, achamos que sim. Mais do que um líder, Cunhal foi (e é) uma das figuras mais inteligentes que a Política Portuguesa tem inscrito na sua História.

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