Chocante.
Comecemos pelo facto: a descida do salário mínimo nacional (485 euros brutos) de 431,65 euros para 397,7 euros. Isto sim é chocante. E se há coisas que posso entender, esta, é daquelas que me fazem deixar de acreditar que estamos no caminho certo. Ontem não nos disseram mas hoje está claro: o salário mínimo vai descer de forma brutal pela primeira vez na história. E se me choca que Portugal não aposte na política dos salários - enquanto não tivermos tabelas salariais competitivas, não saímos disto - choca-me mais saber que todos serão tratados de igual modo. Um trabalhador que ganha cinco mil euros por mês é tratado na mesma medida que um desgraçado que ganhe o ordenado mínimo. Brilhante. Merda para isto tudo. Merda para o desmoronar de gente que é incapaz de dizer 'Não' aos credores.
Comentários
Falharam e falham em toda a linha, catequisados pelos dos jornais e das televisões. Houve quem não falhasse e há muito tenha avisado o que aí anda (não, não foi o psicótico medina carreira, e nem é preciso ir à esquerda séria, basta o ferreira do amaral) e foi afastado da opinião publicada e ridicularizado.
Quanto é que o estado gastou com a banca e quanto é que isso pesou e pesa no desiquilibrio financeiro? NO fundo há que simplificar as questões e torná-las claras para que o comum dos mortais possa fazer um racicinio claro sobre as suas opções enquanto interveniente nesta grande roda que é a democracia. O memorando até que ponto e em termos técnicos é exequível? Quanto tempo e que ferramentas para que haja equilibrio das contas publicas? E as contas publicas são só o deficite ou também são os investimentos? E aquilo que cada vez mais é uma evidência - a credibilidade dos actores politico- governo, oposição? Qual a dimensão quer humana, quer politica de quem nos governa? As eleições conferem a legitimidade do partido vencedor formar governo e só é esta a legitimidade conferida pelo acto eleitoral. Querer que esta legitimidade se estenda á governação é negar aprópria democracia. A legitimidade da governação é adquirida todos os dias nos actos da governação que se encontram no cumprimento das promessas eleitorais que foram escurtinadas no acto eleitoral. A democracia como a sociedade são dinâmicas na sua essência e os cidadãos que adquirem a capacidade de escurtinar os partidos no acto eleitoral não podem deixar de escurtinar os governos durante a sua legislatura.
Estes tipos estão a brincar conosco.
Admito que é preciso cortar. Que nos ia e vai doer. Nao andava a dormir como o 1o comentador acusa. Nao. Mas uma coisa é cortarem. Outra é roubar.
Tsu a sair do bolso do trabalhador? Para que? Quem ganha?
Como é que podemos admitir que esta medida chegue ANTES da extinção das fundações, da negociação das ppp? Fechem as estradas sem carros. Fechem o CCB. A RTP. Toda a mama.
Temos que ir para a rua. Temos que parar de aceitar esta merda. Chega.