COP29: fracasso ou esperança?
Faz hoje (18 de novembro) uma semana que começou, em Baku, no Azerbaijão a COP 29, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.
A meio da cimeira que termina dia 22 de novembro, e que reúne 200 países, pouco ou nada ainda resultou, sendo que uma das grandes preocupações começa, desde logo, pela excessiva lentidão das negociações, que mais uma vez, parecem não sair da cepa torta.
Juntemos a isso as ausências de peso, entre elas, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o seu homólogo russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping, e os ecos que chegam de Baku são, como já se esperava, nada bons.
O grande desafio desta COP é o financiamento climático e o comprometimento das nações para financiar o combate às alterações climáticas.
Confesso que tenho pouca esperança no que sairá daqui, já que andamos há décadas, a prometer mundos e fundos, e eis que chegamos a um ponto sem retorno, com o aquecimento do planeta já em níveis muito alarmantes em relação à Era pré-industrial.
Depois da reeleição de Donald Trump e de sabermos qual o seu posicionamento em relação à luta climática, torna-se ainda mais premente que a União Europeia venha a ter um papel mais ativo e liderante, incluindo no financiamento.
São urgentes ações concretas e mensuráveis, quer na
mitigação, quer na adaptação climática. Milhões de pessoas em todo o mundo já
estão a sofrer as consequências graves deste desafio que temos em mãos. Resta
saber se a Humanidade, e os seus dirigentes, querem realmente fazer a diferença
ou se estaremos a dar espaço para sermos engolidos pelos efeitos das nossas
ações nas últimas décadas.
Nota: podcast/opinião na Antena Livre esta segunda-feira, 18 de novembro. OUVIR.
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