Churchill: a hora mais negra



Brilhante. Fabuloso. Genial. Raras vezes utilizo adjetivos deste género para qualificar um filme, sobretudo quando Hollywood há muito que deixou de manter equilíbrio na qualidade. 

Em “Churchill” – A Hora mais negra, Gary Oldman assume a personagem estrondosa de forma ímpar. Desde a primeira à última cena. O filme, embrulhado num rigor histórico impressionante, incide sobre a ascensão de Churchill ao poder de um Reino Unido que tremia naquele crítico ano de 1940 em que Hitler e o seu regime ocupavam, a bom ritmo, a Europa.

Realizado por Joe Wright, “A hora mais negra” tem nomeações para melhor filme e melhor ator nos Óscares 2018, cuja cerimónia tem lugar a 4 de março, em Los Angeles.

Provavelmente melhor filme – a avaliar pelo gosto do júri – deverá escapar, mas Gary Oldman merecia, e muito, levar a estatueta dourada. Encarna Churchill de modo único, no seu mau feitio, no seu jeito desconcertado de ser, rude e doce, trapalhão e emotivo. 

E o melhor de tudo? Interpreta, com encanto, uma das qualidades mais magníficas do homem que um dia ousou levar os sonhos e convicções adiante: os seus discursos únicos, carregados de uma retórica sem igual na história política do século XX.

É, para mim, um dos melhores filmes do último ano.


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