Obrigada, Luís.




Não me demoro nas palavras, apenas no que sinto quando olho para o legado que diariamente me ofereces. Como foi dito hoje na Universidade Católica, conquistaste «um lugar honroso como biógrafo». Com suor e a inteligência inata que desfilas. E retenho do teu discurso uma frase que me ficará para a vida: «Todas as vidas têm um alfabeto próprio». É nesta «memória interpretada» que hoje nos presenteias, que irei fazer o meu juízo sobre a obra que desnuda o «banqueiro mais importante da história da democracia portuguesa», como se refere a obra. Conquistas-me por gostares de lugares comuns como eu: homens e mulheres contraditórios, vencidos em vez de vencedores e simplesmente porque, tal como eu, acreditas que a felicidade não existe, é unicamente feita de momentos. Além de meu amigo, tenho a honra de ter sido tua discípula, continuando a beber de ti todos os dias a esperança que me fortalece. Sem ti, a minha vida não seria a mesma: feliz, completa pelos momentos que me permites viver. A mim e a todos aqueles que te rodeiam e acompanham o teu trabalho. Falo de Luís Osório, autor da Biografia 'Jorge Jardim Gonçalves - o poder do silêncio', apresentado hoje, ao final da tarde, na Católica, em Lisboa. Cinco anos de conversas, entrevistas e estórias, que a partir de hoje «são nossas», como disseste. E é a partir dessa «memória interpretada», só tua, distanciada e independente, do banqueiro, e próxima e fria do Homem, que cada leitor retirará as suas conclusões. A minha não importa. Porque é em ti que continuo, todos os dias, a aprender a ser uma pessoa melhor, uma jornalista mais exigente consigo própria, nunca esquecendo os princípios que me sustentam e dos quais também és «pai-fundador». E hoje, sentada no chão daquele auditório à pinha, trocámos sorrisos cúmplices e de amizade. São assim os Homens e as Mulheres marcantes na minha vida. Intensos, como eu tanto gosto!  *ac@vida*

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